terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nós e a tal da Revolução Tecnológica

Sou um cara que em apenas duas décadas e meia de vida já escutou (e gravou muita) fita cassete, tocou vinil na vitrola (será que essa palavra vai sobreviver?), viu o CD nascer, morrer e tem até um iPod considerado ultrapassado.

O conceito do que é novo, velho, moderno e antigo é cada dia mais obtuso e confuso. Novas mídias surgem o tempo todo decretando a morte do que acabamos de nos acostumar e a velocidade com que as coisas surgem e logo se tornam obsoletas é assombrosa.

Essa introdução pretensamente despretensiosa (será que consegui?), foi para colocar que acredito que o momento que atravessamos hoje, e por hoje me refiro desde a década de 90, será no futuro, tido como um advento histórico, tão ou mais significativo do que a Revolução Industrial. A Revolução Tecnológica.

Calma, segurem as pedras mais um pouco. Não estou bancando o visionário, sei que não estou dizendo nada inovador, até a Wikipedia tem o verbete. O que quero dizer é que quem vive a História in loco, por mais que tenha consciência do momento, não tem como escapar dos seus efeitos colaterais. Não, eu não estou prevendo uma Terceira Guerra Mundial. Mas é que eu, com meus 27 anos, me sinto parte de um geração que vivenciou uma transição radical e sem precedentes.

Exemplo prático número um: Quando eu era criança de onze anos, em 1992, a Internet não fazia parte da vida cotidiana. Passei a adolescência sentindo na pele a entrada dela no dia-a-dia das pessoas. E hoje, todos os (um pouco mais) jovens (que eu) já vem com o MSN instalado de fábrica.

Exemplo prático número dois: Vivi na adolescência a popularização dos telefones móveis. Sim. A bosta dos celulares. Esses aparelhos infernais que acabaram com a paz e privacidade das pessoas. Um dia ainda vou gastar um bom tempo falando sobre isso, mas não agora, pra não perder o fio da meada. Até eu me formar no colégio, apenas um ou outro possuía esses infernais aparelhinhos, já hoje em dia, impossível entrar em uma sala de sétima série e todos os alunos não terem o seu. E estamos num momento em que os celulares estão se unindo definitivamente a Internet, criando uma confusão maior ainda. Esses iPhones são uma loucura! Confesso que até eu quero um.

Bom, a real é que resolvi iniciar esse papo, que com tempo vamos tocando pra frente aqui no blog, já que esse assunto muito me interessa, porque ontem fiquei sabendo que uma brasileira ganhou um concurso de filmes promovido pelo YouTube em 2007. Seu curta, “Laços”, ficou em primeiro lugar, eleito pelo voto popular, depois de ter sido selecionado por um júri de especialistas presidido pelo Jason Reitman (“Obrigado por Fumar”) como um dos 20 finalistas, entre 3.615 vídeos de vários países.

Eu, um cara que ama a sétima arte, fico abismado com o universo de possibilidades que não param de surgir para se produzir, e expressar-se globalmente.
É tanta liberdade que seja a ser proibitivo. Mas isso já é papo pra outro dia...

Parabéns Flávia Lacerda e equipe. Parabéns também ao americano Ben Shelton, que faturou o terceiro lugar com o triste “My Name is Lisa”. Deixo abaixo os dois filmes para vocês assistirem.
O quê? O segundo lugar? Ah, não gostei! rs

“Laços” de Flávia Lacerda


http://www.youtube.com/watch?v=gl74J-aAnfg


“My name is Lisa” de Ben Shelton


http://www.youtube.com/watch?v=ZiRHyzjb5SI



Um comentário:

  1. É rapaz,é a Rev. engolindo o mundo.
    As vezes fico meio tonto em pensar que já não podemos nos basear mais na passagem do tempo de acordo com as invenções desse mundão de Deus, assim como foi na época do Telefone e bla...Até porque nos perdemos por entre os minusculos espaços de tempo, quando ha esse espaço.
    Fico pensando o que meus filhos vão encontrar, poiis esses dias li um post sobre tecnologia nano, que vem ai para revolucionar MAIS AINDA, porque simplesmente não se criará mais uma coisa, mas sim se criará o que cria as coisas...(:s, logo, criar se tornará ridiculo .confuso ne?
    Pois bem, se hoje a palavra Vinil soa como um palavrão para as crianças, imagina daqui a alguns anos...Que merda, to ficando velho.
    Mas sinceramente, isso me assusta, pois o homem não me parece preparado para tais criações...ele não sabe lidar nem com seus sentimentos...
    E quanto as novas mídias alternativas, opa, entrou na minha aí...Acho que é a tendencia, cada vez se ve mais isso na internet.Assisti uma palestra sobre isso esses dias e viajei, é o maximo.
    Parabéns aos que ganharam, mas parabéns principalmente a todos que participaram.
    "Mais do que maquinas, precisamos é de humanidade"
    ....E isso sim, está escasso

    www.nos4.wordpress.com

    Parabéns pelo blog

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